terça-feira, 11 de setembro de 2007

Profissionais Envolvidos
Uma vez feito o diagnóstico, uma equipe de profissionais da saúde entra em cena para acompanhar a melhora da qualidade de vida do paciente, incluindo monitorização da ingestão de alimentos e líquidos, cuidados respiratórios, hidratação, controle de hipersalivação, constipação e micção, assim como maiores cuidados pessoais, tais como, apoio emocional, manutenção e controle da dor.Veja abaixo quais são esses profissionais e como eles podem auxiliar o paciente com ELA.
FONOAUDIÓLOGOA atuação de um fonoaudiólogo é essencial, uma vez que a comunicação oral se desintegra durante a doença. O fonoaudiólogo instrui o paciente como preservar sua fala o maior tempo possível, e juntamente com o paciente planejam novos métodos de comunicação (por exemplo, utilizando uma caneta e papel, ou fazendo sinais com as pálpebras). Eles podem também explicar ao paciente como funciona o trato vocal. Ensinando o paciente sobre todos os aspectos da doença, irá permitir-lhes sentir maior controle sobre suas vidas e bem-estar. Finalmente, o fonoaudiólogo pode também desenvolver métodos de alimentação, uma vez que a deglutição torna-se um problema.
FISIOTERAPEUTA Esse profissional trabalha com toda a família, porque as demandas emocionais desenvolvem-se quase que subitamente. Lembre-se, a capacidade funcional de um paciente pode ser reduzida rapidamente de semana para semama, deixando pouco tempo para a total aceitação e entendimento do que está lhe acontecendo.
NUTRICIONISTAO nutricionista orienta sobre a escolha dos alimentos e sua forma mais aceitável, tanto para o paciente como para sua família. Além disso, também são úteis em fornecer informações sobre alimentação enteral, caso seja recomendado uma gastrostomia.
ASSISTENTE SOCIALA assistente social é também útil, não apenas para apoio emocional do paciente, como também para membros da família. Além disso, a assistente social também fornece informações sobre auxílio financeiro e assistência nos benefícios sociais.

Avanços na pesquisa
Quais são os principais esforços de pesquisa na esclerose lateral amiotrófica? Os esforços de pesquisa sobre a esclerose lateral amiotrófica aumentaram substancialmente nos últimos 5 anos. A causa e o tratamento da esclerose lateral amiotrófica têm sido as principais áreas de estudo de muitos grupos na América do Norte, Europa e em todo o mundo.
Grande parte do impulso de pesquisa decorreu da descoberta da mutação do gene SOD1 em uma pequena proporção de pacientes com esclerose lateral amiotrófica familiar.
As evidências de neurotoxicidade do glutamato na esclerose lateral amiotrófica foram a base do teste do riluzol, a primeira droga aprovada para o tratamento da esclerose lateral amiotrófica.
Por que a descoberta da mutação de SOD1 é importante, se apenas 2% a 3% dos pacientes com esclerose lateral amiotrófica apresentam essa mutação? Embora as mutações de SOD1 tenham sido encontradas em uma minoria de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (20% a 30% dos 10% de pacientes com esclerose lateral amiotrófica familiar), a doença comporta-se essencialmente do mesmo modo nos 97% a 98% dos pacientes sem a mutação.
Espera-se que a compreensão do mecanismo de degeneração do neurônio motor nos pacientes com mutações de SOD1 explique por que os neurônios degeneram em pacientes sem a mutação.
O que os estudos sobre as mutações de SOD1 revelaram sobre a causa e tratamento potencial da esclerose lateral amiotrófica ? Os experimentos com camundongos desenvolvidos por engenharia genética, em que a mutação de SOD1 apresenta hiperexpressão, sugerem que a proteína que sofreu mutação seja tóxica para os neurônios motores e cause sua morte. O bloqueio dessa neurotoxicidade em pacientes pode prevenir a degeneração do neurônio motor.
Os estudos terapêuticos com esses camundongos demonstraram que a vitamina E pode retardar o início da doença e o riluzol ou gabapentina pode prolongar a sobrevida. Isso corrobora a eficácia do riluzol e fornece um modelo para estudar outros tratamentos medicamentosos.
Qual das hipóteses da etiologia da esclerose lateral amiotrófica (por exemplo, toxicidade do glutamato, lesão oxidativa, deficiência do fator neutrotrófico, lesão auto-imune, infecção viral) é corroborada por evidências que mais chamam a atenção? Tanto os estudos experimentais em animais, como os estudos em pacientes com esclerose lateral amiotrófica sugerem que a excitotoxicidade por glutamato e a lesão oxidativa desempenham papéis relevantes na causa da esclerose lateral amiotrófica.
Esses dois mecanismos podem ocorrer juntos e interagir, causando um ciclo vicioso de degeneração do neurônio motor e morte.
Como a excitotoxicidade do glutamato e a lesão oxidativa interagem e exercem seus efeitos deletérios? O excesso de glutamato fora do neurônio motor (por causa da remoção deficiente) permite que um excesso de cálcio penetre na célula, o que desencadeia uma cascata dos processos prejudiciais, incluindo a lesão oxidativa.
A lesão oxidativa lesa as membranas dos neurônios e afeta as várias funções celulares, incluindo a remoção do glutamato, e resulta em mais excitotoxicidade.
Que papel desempenham os fatores neurotróficos no tratamento da esclerose lateral amiotrófica? Embora não seja provável que os fatores neurotróficos sejam deficientes na esclerose lateral amiotrófica, sua administração provavelmente melhora a viabilidade neuronal e a capacidade regenerativa.
Vários fatores neurotróficos, incluindo o fator neurotrófico ciliar (CNTF), o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e o fator de crescimento semelhante à insulina (miotrofina), retardaram eficazmente a degeneração dos neurônios motores em modelos animais de esclerose lateral amiotrófica, como camundongo cambaleante.
Os estudos clínicos baseados nesses estudos em animais demonstraram um benefício do BDNF e miotrofina em pacientes com esclerose lateral amiotrófica.
Qual é o futuro da pesquisa da esclerose lateral amiotrófica? Muito ainda precisa ser descoberto dos mecanismos da degeneração do neurônio motor e modos de interrompê-la. O uso de modelos animais e tecido humano continuará a ser indispensável nessas pesquisas.
O desenvolvimento de drogas não-tóxicas para bloquear a neurotoxicidade do glutamato e lesão oxidativa interromperá potencialmente o processo da doença em um estágio precoce.
O tratamento de combinação com fatores neurotróficos múltiplos possivelmente será mais eficaz que a monoterapia na prevenção da degeneração do neurônio motor.
Causas e Sintomas ELA
O que causa a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?Até o momento, não se conhece a causa específica desta doença. Existe sim, a possibilidade de causas multifatoriais onde estariam envolvidos um componente genético, a idade e algumas substâncias do meio ambiente. Mas, a princípio, não se conhece nenhum fator que predisponha à ELA, nem como é possível prevenir o desenvolvimento da doença.
O que as pesquisas vêm detectando? Os últimos experimentos realizados com camundongos, alguns deles com quadro clínico semelhante ao de ELA nos humanos, têm permitido entender melhor o porquê da lesão da célula nervosa. Parece que a falta de uma proteína denominada parvalbumina é a chave essencial para este processo de morte celular.
Quais são os pontos necessários para o estudo clínico da doença?No caso de ELA, o diagnóstico precoce e o tratamento.
Existe algum tipo de diagnóstico precoce que oriente os médicos quando do ínicio da doença?Não. Esse é o principal motivo pelo qual a ELA quase sempre não é diagnosticada em sua fase inicial. Por outro lado, a Ciência busca tal "marcador" (que funcione como uma "pista" para o médico, dizendo se a pessoa pode ou não vir a desenvolver ELA), pois sabe que o ideal para combater a doença é iniciar o tratamento antes do primeiro neurônio morto.
Quanto tempo, em média, leva para se fazer um diagnóstico correto da doença?Atualmente, levam-se de 10 a 11 meses, do primeiro sintoma à confirmação do diagnóstico. A falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista. Para se ter uma idéia, nesse espaço de tempo (de 10 a 11 meses) o paciente passa, em média, por 4 médicos; dois deles, ortopedistas.
Sintomas ELAQual é o primeiro sintoma que caracteriza a ELA?A fraqueza muscular.
O que esse sintoma desencadeia?Essa fraqueza muscular é progressiva, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Dentro do corpo, as células nervosas envelhecem (esclerose) e os nervos envolvidos morrem, deixando o paciente cada vez mais limitado.
Existem outros sintomas que acompanham a fraqueza?Sim. São eles: fasciculação (tremor do músculo), reflexos exaltados, atrofia, espasticidade e diminuição da sensibilidade. E de todos os sintomas, o mais freqüente é a cãibra.
Como a ELA começa a se manifestar?Geralmente, a ELA começa pelos membros superiores; eventualmente, pelos membros inferiores.
Existe uma forma mais agressiva de ELA?Sim, quando ocorre a paralisia bulbar progressiva (ataca a língua e a glote). Com isso, o paciente deixa de mastigar e falar, passando a diminuir rapidamente de peso.
Quais são os fatores de risco para alguém desenvolver ELA?Os fatores de risco, com efeito cumulativo (quanto mais características, maior a probabilidade) são: pertencer ao sexo masculino, desempenhar atividade física intensa, ter sofrido algum tipo de trauma mecânico, ter sido vítima de choque elétrico.
Doença Neurônio Motor
O que é Doença do Neurônio Motor? Doença do neurônio motor é um subgrupo de doenças da unidade motora. Defeitos na unidade motora podem afetar o nervo ou o músculo.Neste caso, uma doença do neurônio motor é um defeito geral na maneira pela qual um neurônio motor interage com seu músculo associado. Isto pode ser uma disfunção do neurônio em si, ou dos neurônios do tronco superior que influenciam diretamente sua ação.
A ELA pode ser considerada um distúrbio?Não. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença do neurônio motor, e não apenas um distúrbio, porque apresenta um conjunto específico de sinais e sintomas.
Isso acaba dificultando um diagnóstico da doença num curto espaço de tempo?Sim. O que costuma dificultar o médico no diagnóstico da doenca é a semelhança dos sintomas da ELA com outras doenças do Neurônio Motor. Tais doenças são caracterizadas pelos subconjuntos de sintomas da ELA. Além disso, alguns grupos de nervos que são afetados na ELA são também afetados nestas doenças.


Sistema Nervoso
De que forma é composto o sistema nervoso?O sistema nervoso é considerado como dois sistemas anatômicos: o Sistema Nervoso Central e o Sistema Nervoso Periférico.O Sistema Nervoso Central envolve o cérebro e a medula espinhal. É a parte do sistema nervoso que processa as informações.Já o Sistema Nervoso Periférico inclui todos os nervos fora do Sistema Nervoso Central, e é a parte do sistema nervoso que recebe as informações e permite que o corpo responda de acordo. Além disso, o Sistema Nervoso pode ser descrito com base em suas funções ou sua distribuição espacial no corpo.
Como se comporta a distribuição funcional do sistema nervoso?Em relação à parte funcional, existem dois tipos de vias neurais para receber e enviar informações. São as chamadas vias aferentes e eferentes.
O que são nervos aferentes?Os nervos aferentes são aqueles afetados por seus arredores, e conhecidos como neurônios sensoriais. Eles sentem o ambiente (tal como dor, calor, pressão) e quaisquer alterações no ambiente, e informam ao Sistema Nervoso Central.
E nervos eferentes?Os nervos eferentes produzem efeitos em seus arredores e são constituídos pelos neurônios motores.
Qual a função de um nervo eferente?Depois que o Sistema Nervoso Central recebe as informações dos neurônios sensoriais, o cérebro decide o que fazer a seguir. Ele transmite esta decisão para o restante do corpo via nervos eferentes; estes, por sua vez, entre outras ações, são responsáveis pelos movimentos de contração e relaxamento muscular.
Que parte do sistema nervoso é afetado pela ELA?Na ELA, somente o sistema eferente (neurônios motores) deteriora-se. Todas as funções sensoriais e intelectuais do paciente permanecem intactas.
E quanto à distribuição espacial dos neurônios?A distribuição espacial dos neurônios motores pode ser descrita pela sua posição no corpo. Eles são comumente conhecidos como Neurônios Motores Inferiores (NMI) e Neurônios Motores Superioes (NMS).
De que forma os NMI podem se apresentar?Os NMI podem estar sob a forma de nervos espinhais. Eles se estendem da espinha para áreas e todo o tronco e membro. Eles podem também estar sob a forma de nervos cranianos que originam-se na extremidade superior da medula espinhal e ligam-se aos músculos em várias regiões da cabeça, incluindo a boca, garganta, olhos e face.
E os NMS?Os NMS originam-se na parte frontal do cérebro (o córtex motor) e estendem-se até a extremidade superior da medula espinhal (pirâmide) ou promovem sinapse com os NMI da medula espinhal. Os NMS que se conectam aos nervos cranianos não entram na medula espinhal, porém estão presentes dentro do cérebro.
História da ELA
Apesar de ser uma doença rara e complexa, a Esclerose Lateral Amiotrófica já era estudada desde o século passado.
Os indícios de um mal que causava paralisia progressiva dos membros e da língua nas pessoas começou a se configurar em 1830, ao ser retratado por Sir Charles Bell, famoso anatomista e cirurgião britânico.
Já em 1848, François Aran, famoso clínico e autor de textos médicos, descreveu uma nova síndrome, caracterizada por fraqueza muscular progressiva de natureza neurológica.
Para a literatura médica, o ano de 1853 acenou com o primeiro caso reconhecível de ELA: o de Prosper Laconte, dono de um circo francês.
Mas somente 16 anos depois, em 1869, as características essenciais para o reconhecimento da ELA foram determinadas, após uma série de estudos realizados por dois médicos franceses: Joffroy e Jean-Martin Charcot; este, primeiro professor de neurologia na Salpêtrière.
O Dr. Charcot foi o primeiro a ligar os sintomas com um grupo de células especificamente afetados pela doença - os neurônios motores. Também coube a Charcot a descrição da paralisia bulbar progressiva (PBP) e da esclerose lateral primária (ELP), consideradas por ele distintas da esclerose lateral amiotrófica.
Várias pesquisas foram realizadas por inúmeros médicos e cientistas, na tentativa de avançar sobre os conhecimentos da doença.
Foi assim que, em 1933, Brain introduziu o termo doença do neurônio motor (DNM) para todas essas doenças, aparentemente distintas. E foi também Brain, junto com outro médico de nome Walton que, em 1939, consideraram DNM e ELA sinônimos
O que é ELA?O primeiro passo para você conhecer melhor a esclerose lateral amiotrófica, e principalmente entender seus mecanismos e forma de atuação, é saber o que significa. E não esqueça: a qualidade de informação é a principal ferramenta para se conviver com esse tipo de doença.
O que significa ELA?ELA é a abreviatura de Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença cujo significado vem contido no próprio nome:
Esclerose significa endurecimento,
Lateral, porque a doença começa geralmente em um dos lados do corpo,
Amiotrófica, porque resulta na atrofia do músculo. Ou seja, o volume real do tecido muscular diminui.
Qual a característica principal da esclerose lateral amiotrófica?A degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal (neurônios motores inferiores), ou seja, estes neurônios perdem sua capacidade de funcionar adequadamente (transmitir os impulsos nervosos).
O que são neurônios motores?Primeiro, é importante saber que neurônio é uma célula nervosa especializada, diferente das outras células do corpo humano porque apresenta extensões q ue realizam funções especiais. No caso dos neurônios motores, eles são responsáveis pelos movimentos de contração e relaxamento muscular.
O que essa degeneração provoca?Quando os neurônios motores não podem mais enviar impulsos para os músculos, começa a ocorrer uma atrofia muscular, seguida de fraqueza muscular crescente. No caso da ELA, compromete o 1º neurônio superior e o 2º neurônio inferior.
Quais são as partes do corpo que a doença não afeta?O raciocínio intelectual, a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato. Na maioria dos casos, a esclerose lateral amiotrófica não afeta as funções sexual, intestinal e vesical.
Quem tem mais probabilidade de desenvolver ELA?Segundo pesquisas, a ELA se desenvolve mais em homens do que em mulheres, mais em brancos do que em negros, e geralmente está associada à faixa etária acima de 60 anos.
Como o paciente com ELA costuma reagir em relação ao seu dia-a-dia?Geralmente, os pacientes com ELA se cercam de pessoas ligadas à vida, raramente ficam deprimidos, são pessoas especiais e apaixonantes, buscam esclarecimento e novas possibilidades de tratamento para a doença, e principalmente lutam constantemente pela dignidade de vida.
Última atualização: 18/04/2007
um ciclo vicioso. O paciente não deseja movimentar a articulação, porque isso causa dor, mas a imobilidade aumentada produz mais restrição e mais dor. Como a articulação do ombro é a articulação envolvida mais comumente, isso causa problemas reais com as atividades do dia a dia. A tentativa de levantar o braço ativamente ou passivamente (quando o paciente levanta o braço ou quando quem assiste ao paciente levanta o seu braço) para banhar-se ou a tentativa de vestir ou tirar uma camisa ou uma jaqueta pode causar uma dor insuportável. Finalmente, sentar-se ereto, sem apoiar o braço, pode ser intolerável.
Para tentar evitar isso, é necessário começar a ser ativo diariamente, com exercícios de movimento ativo assistido ou passivo (o membro é movimentado por uma outra pessoa) dentro da amplitude de movimento, antes que o paciente perca qualquer mobilidade. Diante dos primeiros sinais de fraqueza da musculatura do ombro, o paciente e o cuidador devem ser instruídos a realizar exercícios de flexibilidade (intervalo de movimento).
O paciente deve completar esses exercícios independentemente durante o maior tempo possível, deitando-se de costas e usando uma bengala para permitir que o braço oposto forneça a força. Finalmente, se o paciente não puder mais levantar o braço, a pessoa que cuida deste paciente ainda deve movimentar suavemente a articulação do ombro dentro do intervalo disponível. É importante que o paciente e a família sejam orientados por um terapeuta a realizar os exercícios, de acordo com o método correto, porque pode ocorrer uma lesão real, se os exercícios forem feitos incorretamente. Em alguns casos, os familiares podem receber instruções sobre a mobilização suave da articulação. Essa é uma técnica de exercício que requer algum treinamento, mas, se realizada corretamente, pode auxiliar a prevenir a capsulite adesiva.
Se, a despeito de todos os esforços, houver suspeita de capsulite adesiva, deve-se iniciar a fisioterapia intensa imediatamente. A combinação de calor profundo ou gelo, antiinflamatórios e analgésicos e técnicas de mobilização suave ainda podem restabelecer a flexibilidade normal e eliminar a dor.
Contratura de flexão do pescoçoUma outra complicação comum da esclerose lateral amiotrófica é a contratura de flexão do pescoço. Como os músculos extensores do pescoço (os músculos na região posterior do pescoço que movimentam a cabeça para cima) freqüentemente enfraquecem antes do grupo de músculos oponentes, flexores do pescoço, os músculos extensores se estiram quando a cabeça do paciente começa a cair. Assim, os músculos flexores (na parte anterior do pescoço), em contraposição, tornam-se encurtados porque o paciente tem uma dificuldade crescente de manter a posição ereta.
Um colar cervical pode auxiliar a dar apoio para o paciente, mas algumas vezes eles não são bem tolerados. Podem ser necessárias paciência e perseverança para auxiliar o paciente a encontrar um colar cervical suficientemente resistente para dar apoio e, ao mesmo tempo, leve e delicado para ser confortável.
Entretanto, o erro que se comete freqüentemente é que, quando o paciente aceitou a realidade de que é necessário um colar cervical, os músculos flexores do pescoço estão tão encurtados que o colar não pode ser tolerado. É importante que o paciente e/ou o responsável por cuidar do paciente inicie exercícios de amplitude de movimento ativos, ativos assistidos ou passivos, antes que qualquer restrição do movimento do pescoço se torne evidente.
O paciente e o responsável por cuidar dele devem receber instruções sobre os exercícios de amplitude de movimentos suaves do pescoço que podem ser realizados com o paciente sentado e deitado. Eles devem ser realizados pelo menos uma vez por dia, mantendo assim a flexibilidade dos músculos do pescoço normais.
Em conclusão, o paciente com esclerose lateral amiotrófica se beneficia da intervenção de fisioterapia em todos os estágios da doença. Entretanto, é imperativo que cada paciente seja avaliado por um fisioterapeuta regularmente e que o tratamento apropriado seja iniciado antes que surjam complicações sérias.
Fisioterapia na esclerose lateral amiotrófica(Wendy King, PT )
Última atualização: 18/04/2007
ÁREAS DE ATUAÇÃO
1. Fisioterapia Clínica poderá ser praticada: Nos seus próprios consultórios Nos ambulatórios Nos hospitais gerais Nos centros de recuperação bio-psico-social Nos programas institucionais de saúde pública Nas ações básicas de saúde Na Fisioterapia do Trabalho Na Fisioterapia esportiva 2. Outras: No magistério superior Na indústria de equipamentos profissionais Na Vigilância Sanitária Nas auditorias tecnico-profissionais Nas perícias judiciais 3. Especialidades: Pneumo Funcional Neuro Funcional Acupuntura Osteopatia
ESPECIALIDADES RECONHECIDAS
- Acupuntura (Resoluções Coffito nºs: 201, de 24/06/99 e 219, de 14/12/00)- Quiropraxia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01)- Osteopatia (Resolução Coffito nº 220, de 23/05/01)- Fisioterapia Pneumo Funcional (Resolução Coffito nº 188, de 09/12/98)- Fisioterapia Neuro Funcional (Resolução Coffito nº 189, de 09/12/98)
EXIGÊNCIAS LEGAIS
Pessoa Jurídica- Responsabilidade Técnica pelo serviço da empresa perante o Crefito.- Comprovação do registro do profissional no Crefito.- Registro da empresa no Crefito.
Pessoa Física- Registro do Profissional no Crefito- Cadastramento do seu consultório no Crefito.
ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
1 - FISIOTERAPIA CLÍNICA
1.1-Atribuições Gerais
1.1.1 - Prestar assistência fisioterapêutica (Hospitalar, Ambulatorial e em Consultórios)1.1.2 - Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, Prescrever, planejar, ordenar, analisar, supervisionar e avaliar as atividades fisioterapêuticas dos clientes, sua eficácia, resolutividade e condições de alta.
1.2-Atribuições Específicas
1.2.1 - Hospitais, Clínicas e Ambulatórios
a) Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, planejar, organizar, supervisionar, prescrever e avaliar as atividades da assistência fisioterapêutica prestada aos clientes. b) Avaliar o estado funcional do cliente, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anamnese funcional e exame da cinesia, funcionalidade e sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.c) Estabelecer rotinas para a assistência fisioterapêutica, fazendo sempre as adequações necessárias.d) Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução do quadro funcional do cliente, sempre que necessário.e) Recorrer a outros profissionais de saúde e/ou solicitar pareceres técnicos especializados, quando necessário.f) Reformular o programa terapêutico sempre que necessário.g) Registrar no prontuário do cliente, as prescrições fisioterapêuticas, sua evolução, as intercorrências e as condições de alta da assistência fisioterapêutica.h) Integrar a equipe multidisciplinar de saúde, com participação plena na atenção prestada ao cliente.i) Desenvolver estudos e pesquisas relacionados a sua área de atuação.j) Colaborar na formação e no aprimoramento de outros profissionais de saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento em serviço.k) Efetuar controle periódico da qualidade e resolutividade do seu trabalho.l) Elaborar pareceres técnicos especializados.
1.2.2-Em Consultórios
a) Elaborar o Diagnóstico Cinesiológico Funcional, a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da anaminese funcional e exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.b) Estabelecer o programa terapêutico do cliente, fazendo as adequações necessárias.c) Solicitar exames complementares e/ou requerer pareceres técnicos especializados de outros profissionais de saúde, quando necessários.d) Registrar em prontuário ou ficha de evolução do cliente, a prescrição fisioterapêutica, a sua evolução, as intercorrências e as condições de alta em Fisioterapia.e) Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária.f) Efetuar controle periódico da qualidade e eficácia dos equipamentos, das condições sanitárias e da resolutividade dos trabalhos desenvolvidos.
1.2.3-Centros de Reabilitação
a) Avaliar o estado funcional do cliente, através da elaboração do Diagnóstico Cinesiológico Funcional a partir da identidade da patologia clínica intercorrente, de exames laboratoriais e de imagens, da amnese funcional e do exame da cinesia, da funcionalidade e do sinergismo das estruturas anatômicas envolvidas.b) Desenvolver atividades, de forma harmônica na equipe multidisciplinar de saúde.c) Zelar pela autonomia científica de cada um dos membros da equipe, não abdicando da independência científico-profissional e da isonomia nas suas relações profissionais.d) Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção de saúde prestada a cada cliente, na integração das ações multiprofissionalizadas, na sua resolutividade e na deliberação da alta do cliente.e) Participar das reuniões de estudos e discussões de casos, de forma ativa e contributiva aos objetivos pretendidos.f) Registrar no prontuário do cliente, todas as prescrições e ações nele desenvolvidas.
2 - Saúde Coletiva
2.1-Atribuição Principal
Educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva, na atenção primária em saúde.
2.2-Atribuições Específicas
2.2.1 - Programas Institucionais
a) Participar de equipes multidisciplinares destinadas a planejar, implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos em Saúde Pública.b) Contribuir no planejamento, investigação e estudos epidemiológicos.c) Promover e participar de estudos e pesquisas relacionados a sua área de atuação.d) Integrar os órgãos colegiados de controle social.e) Participar de câmaras técnicas de padronização de procedimentos em saúde coletiva.f) Avaliar a qualidade, a eficácia e os riscos a saúde decorrentes de equipamentos eletro-eletrônicos de uso em Fisioterapia.
2.2.2 - Ações Básicas de Saúde
a) Participar de equipes multidisciplinares destinadas ao planejamento, a implementação, ao controle e a execução de projetos e programas de ações básicas de saúde.b) Promover e participar de estudos e pesquisas voltados a inserção de protocolos da sua área de atuação, nas ações básicas de saúde.c) Participar do planejamento e execução de treinamentos e reciclagens de recursos humanos em saúde.d) Participar de órgãos colegiados de controle social.
2.2.3 - Fisioterapia do Trabalho
a) Promover ações terapêuticas preventivas à instalações de processos que levam a incapacidade funcional laborativa.b) Analisar os fatores ambientais, contributivos ao conhecimento de distúrbios funcionais laborativos.c) Desenvolver programas coletivos, contributivos à diminuição dos riscos de acidente de trabalho.
2.2.4 - Vigilância Sanitária
a) Integrar a equipe de Vigilância Sanitária.b) Cumprir e fazer cumprir a legislação de Vigilância Sanitária.c) Encaminhar às autoridades de fiscalização profissional, relatórios sobre condições e práticas inadequadas à saúde coletiva e/ou impeditivas da boa prática profissional.d) Integrar Comissões Técnicas de regulamentação e procedimentos relativos a qualidade, a eficiência e aos riscos sanitários dos equipamentos de uso em Fisioterapia.e) Verificar as condições técnico-sanitárias das empresas que ofereçam assistência fisioterapêutica à coletividade.
3 - Educação
3.1-Atribuição Principal
a) Dirigir, coordenar e supervisionar cursos de graduação em Fisioterapia/Saúde.b) Lecionar disciplinas básicas e profissionalizantes dos Cursos de Graduação em Fisioterapia e outros cursos na área da saúde.c) Elaborar planejamento de ensino, ministrar e administrar aulas, indicar bibliografia especializada e atualizada, equipamento e material auxiliar necessários para o melhor cumprimento do programa.d) Coordenar e/ou participar de trabalhos interdisciplinares.e) Realizar e/ou participar de atividades complementares à formação profissional.f) Participar de estudos e pesquisas em Fisioterapia e Saúde.g) Supervisionar programas de treinamento e estágios.h) Executar atividades administrativas inerentes à docência.i) Planejar, implementar e controlar as atividades técnicas e administrativas do ano letivo, quando do exercício de Direção e/ou Coordenação de cursos de graduação e pós graduação.j) Orientar o corpo docente e discente quanto a formação do Fisioterapeuta, abordando visão crítica da realidade política, social e econômica do país.k) Promover a atualização didática pedagógica em relação à formação profissional do Fisioterapeuta.
4 - Outras
4.1- Equipamentos e produtos para Fisioterapia
a) Desenvolver/Projetar protótipos de produtos de interesse do Fisioterapeuta e da Fisioterapia.b) Desenvolver e avaliar uso/aplicação destes produtos.c) Elaborar manual de especificações.d) Promover a qualidade e desempenho dos produtos.e) Coordenar e supervisionar demonstrações do produto junto a profissionais Fisioterapeutas.f) Assessorar tecnicamente a produção.g) Supervisionar e coordenar a apresentação do produto em feiras e eventosh) Desenvolver material de apoio para treinamento.i) Participar de equipes multidisciplinares responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos, pelo seu controle de qualidade e análise de seu desenvolvimento e risco sanitário.
4.2-Esporte
a) Planejar, implantar, coordenar e supervisionar programas destinados a recuperação funcional de atletas.b) Realizar avaliações e acompanhamento da recuperação funcional do cliente.c) Elaborar programas de assistência fisioterapêutica ao atleta de competição.d) Integrar a equipe multidisciplinar de saúde do esporte com participação plena na atenção prestada ao atleta.


5 - Exigências Legais
5.1 - Responsabilidade Técnica de empresas
a) Toda empresa ligada a produção de equipamentos de utilização em Fisioterapia e as que prestam assistência fisioterapêutica, são obrigadas ao registro nos Órgãos de controle e fiscalização do exercício da atividade profissional da Fisioterapia (Lei n.º 6.316/75).b) No momento da solicitação de seu registro, deverão apresentar profissional Fisioterapeuta, para assumir a responsabilidade técnica da Empresa perante o órgão de fiscalização, a quem serão imputadas as responsabilidades pelas quebras da ética social que não sanear ou denunciar.
5.2-Registro Profissional
a) Para o exercício da atividade profissional de Fisioterapeuta no país, é exigível além da formação em curso universitário superior, o registro do seu título no Conselho Profissional da categoria.b) A atividade profissional só é permitida após o trâmite processual e a concessão de autorização provisória de trabalho ou Carteira de Identidade Profissional de Fisioterapeuta (Lei nº 6.316/75).
ESPIROMETRIA
INTRODUÇÃO
O ar que está alojado dentro dos pulmões é constantemente renovado, permitindo, desta forma, que a hematose se concretize. Mas, para tanto, é necessário que os pulmões mantenham um ritmo e uma amplitude de movimento adequados. Assim, obtemos os resultados da quantidade de ar que ingressa no aparelho respiratório bem como a velocidade de circulação do ar durante os ciclos da respiração. A espirometria é a medida da quantidade de ar inspirado e expirado expressa em litros. O rendimento respiratório é a velocidade de renovação do ar expresso em litros por segundo.
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES: O AR CONTIDO NOS PULMÕES
Considera-se que do ritmo e da amplitude dos movimentos do aparelho torácico pulmonar depende o renovamento do ar nos pulmões e consequentemente a constância da hematose. Esta é a resultante da quantidade de ar introduzida em cada respiração e da velocidade com a qual ele circula no aparelho respiratório. Em cada movimento respiratório normal, movimenta-se um volume de ar que se conhece com o nome de volume corrente, ou seja, é o volume de ar inspirado ou expirado em cada incursão respiratória normal, perfazendo cerca de 500ml no homem adulto jovem normal. Ao final de uma expiração normal (posição expiratória de repouso), ficam nos pulmões cerca de 2.300 ml de ar. Este volume é denominado capacidade residual funcional e é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual. Volume de reserva expiratório é a quantidade de ar que ainda pode ser expirada, pela expiração forçada, após o término da expiração corrente normal, normalmente cerca de 1.100 ml. Volume residual é o volume de ar que ainda permanece no pulmão após um expiração forçada, é em média de 1.200 ml. Volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, sobre e além do volume corrente normal, em geral é de 3.000 ml. A capacidade inspiratória é o volume máximo que pode ser inspirado a partir da posição expiratória de repouso, distendendo os pulmões ao máximo. Compreende, portanto a soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratório , ou seja cerca de 3.500 ml. O volume que é possível expulsar durante uma expiração forçada consecutiva a inspiração máxima é denominado capacidade vital, que corresponde a 4.500 ml, o que significa o maior volume de ar que pode ser movimentado num único movimento respiratório e compreende a soma de volume corrente, volume de reserva inspiratório e o expiratório. A capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço respiratório possível (cerca de 5.800 ml), é igual a capacidade vital mais o volume residual. É o maior volume que os pulmões e o tórax podem alcançar. Todos os volumes e capacidades pulmonares são cerca de 20 a 25% menores na mulher do que no homem, e evidentemente apresentam valores maiores em pessoas grandes e atléticas do que nas pessoas astênicas e pequenas. O volume corrente é calculado facilmente a partir dos espirogramas, ou dividindo-se a ventilação pulmonar total pela frequência respiratória. A frequência respiratória e o volume corrente variam muito de um indivíduo a outro. Habitualmente a frequência respiratória no adulto encontra-se entre 10 a 15 respirações por minuto e o VC entre 400 a 600 ml.
1.CAPACIDADE VITAL: VC + VRI + VRE= 4.500 ml 2.CAPACIDADE INSPIRATÓRIA= VC = VRI= 3.500 ml 3.CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL= VRE = VR= 2.500 ml 4.CAPACIDADE PULMONAR TOTAL= CV = VR= 5.800 ml
a) Nível Expiratório de Repouso: A ventilação pulmonar normal é realizada quase totalmente pelos músculos da inspiração. Ao relaxarem, as propriedades elásticas dos pulmões e do tórax fazem com que os pulmões retraiam passivamente; portanto quando os músculos inspiratórios se acham totalmente relaxados, os pulmões retornam a um estado de relaxamento denominado Nível Expiratório de Repouso. O volume de ar nos pulmões neste nível é igual a capacidade residual funcional, ou cerca de 2.300 ml no adulto jovem.
b) Significado dos Volumes e Capacidades Pulmonares: Nas pessoas normais, o volume de ar dos pulmões dependem essencialmente do tamanho e da estrutura corporal. Além disso, os diferentes volumes e capacidades se alteram com a posição do corpo; a maior parte deles diminui quando a pessoa se deita e aumenta quando ela se levanta. Esta mudança com a posição se deve a dois fatores principais: primeiro, a tendência do conteúdo abdominal a fazer pressão para cima, contra o diafragma., quando a pessoa está deitada, e, segundo, o aumento do volume sanguíneo pulmonar na posição deitada, que diminui correspondentemente o espaço disponível para o ar pulmonar.
c) Significado do Volume Residual: O volume residual representa o ar que não pode ser removido dos pulmões mesmo através de uma expiração forçada. É importante porque mantém ar dentro dos alvéolos, que, por sua vez, fazem a aeração do sangue nos intervalos das respirações. Não fosse o ar residual, a concentração de dióxido de carbono no sangue aumentaria e cairia muito em cada respiração, e certamente seria desvantajoso para o processo respiratório.
d) Significado da Capacidade Vital: Outros fatores que não a arquitetura anatômica de uma pessoa e que afetam a capacidade vital são: (1) a posição da pessoa durante a determinação da capacidade vital;(2) a força dos músculos respiratórios e (3) a distensibilidade dos pulmões e da caixa torácica, o que é denominado complacência pulmonar. A capacidade vital média no adulto jovem masculino é de mais ou menos 4,6 l e, no adulto jovem feminino, cerca de 3,1 l, embora esses valores sejam muito maiores em algumas pessoas do mesmo peso que em outras. Uma pessoa alta e magra, em geral, possui uma capacidade vital maior do que uma pessoa obesa, e um atleta bem desenvolvido pode ter uma taxa vital 30 a 40% acima do normal, isto é, de 6 a 7 litros.
VOLUME-MINUTO RESPIRATÓRIO, FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E VOLUME CORRENTE
O volume-minuto respiratório é a quantidade total de ar novo que entra nas vias respiratórias a cada minuto e equivale ao volume corrente multiplicado pela frequência respiratória. O volume corrente normal é de cerca de 500 ml e a frequência respiratória normal aproximada é de 12 respirações por minuto. Portanto, o volume-minuto respiratório é, em média, cerca de 6 l por minuto. Uma pessoa pode ocasionalmente viver por pequenos períodos de tempo com um volume-minuto tão baixo como 1,5 l por minuto e com uma frequência respiratória tão baixa como de 2 a 4 respirações por minuto. Às vezes, a frequência respiratória se eleva a 40 a 50 por minuto e o volume corrente pode tornar-se tão grande como a capacidade vital, cerca de 4.600 ml no adulto jovem masculino. Contudo, com a frequência respiratória rápida, uma pessoa geralmente não pode manter o volume corrente maior do que a metade da capacidade vital. Mantido o mesmo volume-minuto, duplica-se a frequência respiratória, o volume corrente fica pela metade.
ESPAÇO MORTO
Parte do ar que uma pessoa respira nunca alcança as áreas de troca gasosa, servindo apenas para encher as vias respiratórias. Este ar é denominado ar do espaço morto, pois não é útil para o processo de troca gasosa. Na expiração, o ar no espaço morto é expirado primeiro, antes que qualquer ar proveniente dos alvéolos alcance a atmosfera. Portanto, o espaço morto é igualmente desvantajoso para remover dos pulmões os gases expiratórios. O espaço morto normal, no adulto jovem, é de cerca de 150 ml. Este valor aumenta um pouco com a idade. Espaço morto anatômico: é o volume de todo o espaço do sistema respiratório, com exclusão das áreas de troca gasosa. Espaço morto fisiológico: quando o espaço morto alveolar é incluído na mensuração total do espaço morto.
FREQUÊNCIA DA VENTILAÇÃO ALVEOLAR
Ventilação alveolar por minuto é o volume total do ar que penetra nos alvéolos (e em outras áreas adjacentes de troca gasosa) a cada minuto. É igual a frequência respiratória multiplicada pela quantidade de ar novo que penetra nos alvéolos e cada incursão respiratória. Desse modo, com o volume corrente normal de 500 ml, o espaço morto de 150 ml e uma frequência respiratória de 12 por minuto, a ventilação alveolar é igual a 12 x (500 - 150) ou 4.200 ml por minuto. Teoricamente, quando o volume corrente cai até igualar o volume do espaço morto, isso significa que absolutamente nenhum ar novo está penetrando nos alvéolos a cada incursão respiratória, e a ventilação alveolar por minuto passa a ser zero, por mais rapidamente que a pessoa respire. Entretanto, isso não é inteiramente verdadeiro, pois os padrões de fluxo nas passagens aéreas permite que o ar alveolar seja expirado antes de ser expirado todo o ar do espaço morto. Além disso, o mesmo é válido para a inspiração. Portanto, pode haver pequena quantidade de ventilação alveolar até mesmo com volumes correntes de apenas 60 a 75 ml. Por outro lado, quando o volume corrente é de vários litros, o efeito do volume do espaço morto sobre a ventilação é quase insignificante.
ESPIROMETRIA
A capacidade vital e suas divisões podem ser medidas com um espirômetro registrador. Esse método consiste em registrar o volume de ar movimentado para dentro e para fora dos pulmões expresso em litros ou frações de litros. Esse aparelho consiste em um tambor invertido sobre uma câmara de água; o tambor é contrabalançado por um peso. No tambor, existe uma mistura de gases respiratórios, geralmente ar ou oxigênio, e um tubo conecta a boca do indivíduo examinado com essa câmara de gás. Ao respirar para dentro e fora da câmara, o tambor se eleva e cai, e um registro apropriado é feito sobre uma folha de papel em movimento. Diversos tipos de aparelhos permitem a prática de Espirometria. O mais conhecido é o espirômetro de Huntchinson. Compõe-se o aparelho: -De um reservatório, aberto na extremidade superior; -De um tubo vertical, que atravessa um cilindro envolvido pela água do reservatório; a extremidade superior do tubo é livre e se acerca do bordo do recipiente; a outra se continua com um tubo de borracha que leva um bocal de vidro; -De uma câmara invertida, alojada dentro do reservatório e que aí se mantêm em equilíbro por meio do contrapeso, unida a ele por um fio que se liga a uma polia. -De uma escala, graduada em litros e frações de litro, que permite apreciar e medir os movimentos da campânula. Enche-se de água o cilindro, até que a extremidade superior do tubo apenas sobressaia. Inicialmente expulsa-se o ar da campânula, de maneira que o indicador se encontre em face do zero da escala. Qualquer introdução de ar no aparelho, através do bocal, revela-se por uma ascensão da campânula, posto que o ar vai substituir a água que o enche. Deste modo a campânula sobrenada e, sendo ela exatamente equilibrada pelo contrapeso, guarda, em qualquer momento, a posição que tomou; a quantidade de ar introduzido é então lido na escala pela posição do indicador.
ESPIROGRAFIA
O espirograma é uma representação gráfica que mostra as alterações no volume do pulmão sob diferentes condições de respiração. Os volumes e capacidades pulmonares são determinadas em um espirógrafo. Quando o indivíduo inspira, o estilete sobe, e na expiração ele desce.
EXPERIMENTO:
a) Volume de ar Corrente (VC): É medido a partir de uma inspiração normal e uma expiração também normal. Inicialmente mediu-se o volume minuto respiratório, ou seja, medimos a quantidade de ar expirado em um minuto com expirações normais. Além disso contou-se o número de respirações e obteve-se o volume de ar corrente. Normalmente, em um homem jovem adulto normal, corresponde a 500 ml. b) Volume de Reserva Inspiratório (VRI): Inicialmente o indivíduo inspira normalmente, a seguir, após essa inspiração normal ele inspira forçadamente, promovendo um acréscimo de ar nos pulmões, o qual é medido e denomina-se volume de reserva inspiratório. Esse volume equivale a cerca de 3.000 ml. c) Volume de Reserva Expiratório (VRE): É o volume de ar medido após uma inspiração normal mediante um esforço expiratório máximo. Corresponde em média a 1.100 ml. d) Volume Residual (VR): É o volume de ar que permanece nos pulmões mesmo após uma expiração forçada máxima. Por isso não pode ser medido através do espirômetro. Ele varia conforme o indivíduo, mas corresponde aproximadamente a 1.200 ml para uma pessoa de 70 Kg. Assim seria em média 17 ml por Kg de peso. Porém deve-se considerar que varia de acordo com as dimensões da caixa toráxica. As capacidades pulmonares correspondem a soma de dois ou mais volumes pulmonares.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Ao examinarmos os valores obtidos por espirometria devemos levar em conta os seguintes aspectos:
1) para diferentes valores de volume corrente: -superfície corporal; -sexo; -posição; -idade;
2) para os volumes de reserva inspiratória e expiratória: -postura; -tipo respiratório; -ventilação pulmonar ou volume-minuto, que pode apresentar grande variabilidade.
Outra observação importante é que o volume residual não pode ser medido diretamente por espirometria, pois é o volume que permanece no pulmão mesmo na expiração forçada.
FLUXO EXPIRATÓRIO MÁXIMO
Na asma, como em outras doenças respiratórias, a resistência ao fluxo aéreo torna-se particularmente grande durante a expiração. Para compreender os fatores que exercem efeito sobre a capacidade da pessoa em expirar foi criado o conceito Fluxo Expiratório Máximo: é o fluxo expiratório causado por uma grande força expiratória a partir da qual nenhuma força adicional expiratória pode aumentá-lo. O fluxo expiratório máximo é maior quando os pulmões estão cheios com grande volume de ar do que quando estão vazios. O efeito do colapso bronquiolar sobre o fluxo expiratório máximo pode ser notado da seguinte forma: -A pessoa normal inala o máximo possível de ar; -Após, essa pessoa expira com esforço expiratório máximo até não mais poder expirar. Então rapidamente é alcançado o fluxo aéreo expiratório máximo que pode ser superior a 400 ml/min. Porém, seja qual for o esforço expiratório adicional que venha a exercer, ainda será esse fluxo que ele consegue obter. Observar que conforme diminui o volume pulmonar, esse fluxo expiratório máximo também se torna menor. A principal razão para isso é que, no pulmão aumentado de volume, os brônquios e bronquíolos são mantidos abertos parcialmente pela tração elástica exercida em seu exterior pelos elementos estruturais do pulmão; contudo, à medida que os pulmões diminuem de tamanho, essas estruturas se relaxam, de forma que os brônquios e bronquíolos colapsam mais facilmente. Voltando ao exemplo da asma, doença onde há obstrução das vias aéreas, costuma ser muito mais difícil expirar do que inspirar, pois a tendência ao fechamento das vias aéreas é grandemente aumentada pela pressão positiva do tórax durante a expiração, enquanto a pressão pleural negativa da inspiração mantém as vias realmente abertas, ao mesmo tempo em que expande os alvéolos. Portanto, o ar tende a penetrar facilmente nos pulmões, porém, a seguir, ele fica neles aprisionado. Durante um período de meses ou anos, esse efeito aumenta tanto a capacidade pulmonar total quanto o volume residual. Além disso, por causa da obstrução das vias aéreas e pelo fato dessas estruturas colapsarem mais facilmente do que as vias aéreas normais, o fluxo respiratório máximo fica muito reduzido. Na asma também há outras alterações na mecânica respiratória: -A expiração se prolonga devido a resistência que o fluxo encontra; -A capacidade vital pode apresentar-se normal, mas requer mais tempo para completar a expiração máxima; -VRE aumenta, pois a posição expiratória se encontra deslocada e o pulmão conserva mais o ar ao fim da expiração; -É comum o aumento da VP (ventilação pulmonar ou volume-minuto); -Desigualdade na ventilação alveolar, com grupos de alvéolos hiperventilados e outros hipoventilados, podendo acarretar queda na pO2 arterial; Muitas vezes a capacidade vital de uma pessoa asmática está diminuída (vide dados obtidos emn aula prática) o que se explica pela perda da complacência ou distensibilidade dos pulmões na asma. Já o aumento na capacidade residual funcional e volume residual explica-se pela resistência ao fluxo aéreo.
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO (VEF1)
Existe grande diferença na velocidade de fluxo máximo com que as pessoas conseguem expirar, especialmente durante o primeiro segundo. Portanto, costuma-se registrar o volume expiratório forçado durante o primeiro segundo (VEP1), e este será utilizado para comparação entre pessoas normais e anormais (como no caso da obstrução da via aérea e no caso da asma).
A fisioterapia é o ramo da saúde que estuda, avalia, previne e trata os distúrbios da cinesia humana decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos.
É administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos, escolas, clubes, residências, hospitais, empresas, pesquisas, entre outros, tanto por serviços públicos como privados.
Esta tipicidade assistencial atua nas mais diferentes áreas com procedimentos, técnicas, metodologias e abordagens específicas que tem o objetivo de tratar, minimizar e prevenir as mais variadas disfunções.
Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do entendimento global do ser humano através da fisiologia, anatomia, semiologia do corpo humano, baseado na Biofísica, Bioquímica, Cinesiologia, Biomecânica e outras ciências básicas; e na cidadania, antropologia, ética e outras ciências humanas.
A Fisioterapia foi regulamentada oficialmente no Brasil pelo Decreto-Lei nº 938/1969 e pelo Lei Federal nº 6.316 em 1975.
Índice[esconder]
1 Prevenção
2 Processo de Reabilitação
3 Reintegração
4 Recursos Terapêuticos
5 Áreas da Fisioterapia
6 RPG - REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL
7 RPG/RPM
8 Fisioterapia Neurológica
9 Ligações externas

Prevenção
A atenção fisioterapêutica propicia o desenvolvimento de ações preventivas primárias, secundárias e terciárias. Mesmo antes da doença atingir o horizonte clínico, ou seja, de exibir sinais e sintomas, podem ser desenvolvidas intervenções preventivas.
Em indivíduos sob atenção do Fisioterapeuta para recuperação funcional de lesões e/ou disfunções, ações preventivas mais complexas podem ser desenvolvidas, como por exemplo, a prevenção de incapacidade respiratória numa vítima de um dado quadro neurológico.
No âmbito da saúde comunitária, podem ser desenvolvidas ações preventivas visando a minimização de disfunções decorrentes de doenças crônico-degenerativas, prevenção de condições biomecanicamente desfavoráveis, escola de postura, dentre outras ações. É crescente a solicitação da sociedade para que o Estado disponibilize com maior efetividade a atenção fisioterapêutica.

Processo de Reabilitação
Trata-se de um processo multiprofissional visando a reinserção bio-psico-social do paciente/cliente. Tem por objetivo restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de uma doença ou acidente, até tornar possível devolver o indivíduo a seu lugar anterior na sociedade, ou o mais perto disto.

Reintegração
Fase final do processo de reabilitação, reintegrar a pessoa à sociedade é nobre objetivo da atenção fisioterapêutica, após uma terapeutização resolutiva. Em pessoas que sofreram seqüelas irreversíveis (perda de membros, lesões nervosas ou músculo-tendíneas incapacitantes), tal reintegração se dá mediante o treinamento e adaptação dos pacientes às suas potencialidades (com uso ou não de órteses e/ou próteses), para um grau o maior possível de autonomia pessoal e conseqüente interação social.

Recursos Terapêuticos
Os procedimentos da Fisioterapia contribuem para a prevenção, cura e recuperação da saúde. Para que o fisioterapeuta eleja os procedimentos que serão utilizados, ele terá de proceder à elaboração do diagnóstico Cinesiológico Funcional identificando a abrangência da disfunção, assim como acompanhar a reposta terapêutica aos procedimentos indicados pelo próprio profissional. Conheça os mais conhecidos recursos da Fisioterapia à sua disposição:
Cinesioterapia - Terapia por movimentos. São procedimentos onde se usa o movimento dos músculos, articulações,ligamentos, tendões e estruturas aos sistemas nervoso central e periférico, que têm como objetivo recuperar a função dos mesmos.
Eletrotermofototerapia - Procedimento com aparelhos geradores de sinais elétricos, como o Ultra-som Terapêutico, o LASER, TENS, dentre outros. Facilita a recuperação de estruturas e funções comprometidas.
Mecanoterapia - Procedimento com aparelhos mecânicos para fortalecer, alongar, repotencializar a musculatura e reeducar movimentos comprometidos.
Recursos manipulativos - São abordagens terapêuticas visando a mobilização/manipulação de segmentos articulares, musculos, nervos e fáscias e trações segmentares e axiais. Os procedimentos manipulativos estimulam a dinâmica circulatória e a mobilidade dos tecidos e segmentos.
Hidroterapia - Procedimento feita no ambiente aquático.
Termoterapia - Procedimento com administração de modalidades biotérmicas.
Crioterapia - Emprego de gelo como procedimento terapêutico, geralmente em segmentos para tratamento de contusões e luxações.

Áreas da Fisioterapia
Fisioterapia Dermato-Funcional - Parte da fisioterapia que trata as afecções estéticas. Utiliza procedimentos próprio para doenças dermatológicas com aplicação raio laser, infravermelho ou ultravioleta para evitar ou reduzir retrações musculares e acelerar os processos de cicatrização.
Ergonomia - Avaliar, prevenir e tratar moléstias causadas pelo exercício de funções exigidas no trabalho. Também conhecida como Ergonomia.
Geriatria e Gerontologia - Utiliza procedimentos próprios que visa estimular a musculatura, evitar o seu enrijecimento e treinar a coordenação motora de pessoas idosas.
Ginecologia e Obstetrícia - Utiliza procedimentos próprios que visa a conscientização corporal, eletroterapia, cinesioterapia e outros recursos, na incontinência urinária e fecal, masculina e feminina, Vaginismo, Endometriose, Tensão pré-menstrual, Dismenorréia, Dor Pélvica Crônica entre outros. A atuação fisioterapêutica é muito importante no período gestacional, afim de tratar as alterações posturais e algias decorrentes da gestação, a minimização do edema gestacional com auxílio da Drenagem Linfática manual, e ainda a preparação da gestante para o período pós-parto, com exercícios de fortalecimento de períneo e músculos abdominais. Todo o cuidado durante a gestação vai ajudar na recuperação da puérpera.
Neurologia - Ajudar pacientes com traumatismo crânio-encefálico (TCE), acidente vascular cerebral(AVC) atualmente conhecido como (AVE), paralisias e recuperar a coordenação motora.
Ortopedia e Traumatologia - Usar a eletroterapia, termoterapia, hidroterapia para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e luxações.
Reeducação postural - Tratar deformidades da coluna ou problemas de postura com exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular. Também conhecido como RPG.
Reumatologia - Melhorar os movimentos de pacientes com problemas nas articulações, deformações, artrite e reumatismos.
Disfunção da ATM - Atua principalmente na Saúde Bucal em conjunto com a Odontologia, tratando de disfunções da ATM (articulação temporomandibular).
Fisioterapia Pediátrica) - Especialidade que utiliza de métodos e técnicas próprias para o tratamento de enfermidades neurológicas e cardiorespiratórias de crianças. Dentre elas podemos citar o baby bobath, o aumento do fluxo expiratório - AFE, a expiração lenta e prolongada - ElPr, a desobstrução rinofaríngea retrógrada, a glossopulssão retrógrada, o posicionamento no leito e o reequilíbrio tóraco - abdominal - RTA.
Fisioterapia Desportiva - Atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.

RPG - REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL
A Reeducação Postural Global (RPG) é um método da Fisioterapia que visa a saúde integrada a partir do ajuste entre as estruturas do corpo. Apesar de ser comumente relacionada ao tratamento de disfunções do aparelho locomotor, a RPG em sua originalidade contribui para reeducação do ser integrado, agindo portanto sobre todos os sistemas do organismo humano, seja direta ou indiretamente.
A chamada RPG surge dos estudos realizados pesquisador francês Philippe Emmanuel Souchard com a publicação da obra "O Campo Fechado" (1981). A RPG hoje conta com uma grande equipe de profissionais fisioterapeutas que, junto ao professor Souchard, respondem pelos cursos de formação básica e avançada do método em doze países do globo (quais sejam: França, Bélgica, Suíça, Itália, Espanha, Portugal, Brasil, Argentina, Chile, Venezuela, EUA, Canadá), bem como pelas pesquisas e atualizações em relação ao tema. Seus resultados tem sido publicados em obras de renome, sob autoria do professor Souchard e colaboradores, das quais podemos citar: O Diafragma; Respiração; Autoposturas Respiratórias; RPG - Fundamentos da Reeducação Postural Global; Esculpindo Seu Corpo; Fundamentos do Streching Global Ativo; O Streching Global Ativo; As Escolioses.

RPG/RPM
A Reeducação Postural Global pelo Reequilíbrio Proprioceptivo e Muscular é um método de avaliação e tratamento das alterações do sistema locomotor, idealizado pelos fisioterapeutas brasileiros Alexandre Victoni e Carlos Barreiros. Os fundamentos do Método estão em sua Avaliação Morfuncional que analisa o indivíduo de forma global, propiciando a compreensão das causas biomecânicas das patologias. A Lógica de Prescrição é um sistema que ordena os procedimentos de modo que cada etapa do tratamento potencialize a próxima. Tratamento Integral onde são aplicados uma série de procedimentos globais e analíticos, visando atingir o local lesionado e em seguida conectá-lo e tratá-lo de modo global. Com a terapêutica é possível abordar disfunções posturais e doenças ortopédicas que acometem não apenas a coluna vertebral como também membros inferiores, superiores, ATM e demais regiões corporais.

Fisioterapia Neurológica
A terapêutica em fisioterapia neurológica baseia-se em exercícios que promovam a restauração de funções motoras, de forma a resolver deficiências motrizes e aperfeiçoar padrões motores. Vários enquadramentos teóricos foram propostos para atingir este objectivo. Enquanto que alguns destes enquadramentos teóricos se mantiveram estáticos ao longo do tempo, outros foram se desenvolvendo, à medida que iam incorporando novos conhecimentos proporcionados pela investigação científica. Um exemplo notável é o da chamada "Ciência do movimento". As diversas correntes relacionadas com a fisioterapia neurológica têm originado um debate considerável.